quarta-feira, 28 de maio de 2008

RJTV publica ação na Ilha do Governador contra a dengue

Mais tropas no combate à dengue
09/04/2008
A guerra contra a dengue ganha o reforço de novas tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Depois das tendas de hidratação, soldados das três forças agora estão nas ruas.


A chuva dos últimos dias, segundo os especialistas, pode prolongar essa temporada da doença. Por isso, todo cuidado é importante. Na praia do Cocotá, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade, hoje está concentrado o trabalho da Marinha no combate à dengue. Cem homens foram divididos em dez equipes, para visitar as residências de vários bairros.

Por toda a cidade, ao todo, são 300 homens das Forças Armadas nessa guerra contra o mosquito transmissor da doença e a ação deve durar pelo menos 30 dias.

O trabalho dos militares começou cedo. Divididos em grupos, cerca de 300 soldados do Exército estão percorrendo ruas em bairros da Zona Oeste e subúrbio do Rio, as áreas mais atingidas pela epidemia de dengue. O objetivo é visitar 95 mil residências à procura de focos do mosquito aedes aegypti.

"Vamos colaborar nessa fase desse combate à dengue”, afirmou o major do Exército Ataíde Barcelos Pereira.

Antes de saírem às ruas, os militares foram treinados por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde. Além de identificar focos do mosquito transmissor da doença, agora eles também orientam a população para que colabore na luta contra a dengue.

Os militares vistoriam carros abandonados e entram de casa em casa. Garrafas e até as tampas das lixeiras podem virar depósitos de água. “Aprendi que não posso deixar a água nas garrafas, poças d’água”, comentou um morador.

Em um condomínio, em Realengo, a missão é visitar quase 500 apartamentos. Dois moradores já tiveram a doença. O trabalho de prevenção é feito com larvicida nos ralos e vasos de plantas. Os soldados também estiveram em um terreno. Os vizinhos dizem que a área está abandonada.

“Está horrível, quatro pessoas tiveram dengue, minha filha está com suspeita de dengue”, contou uma moradora.

Na Zona Norte, o trabalho está sendo feito pela Marinha. Cem homens, divididos em dez grupos, estão na Ilha do Governador, bairro onde o índice de casos de dengue também é alto. Eles vão vistoriar casas pelos próximos 30 dias, dando orientações à população.

A luta contra a dengue mobilizou também a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A federação criou uma cartilha com informações básicas, para que cada pessoa combata o mosquito dentro da própria casa. O folheto será distribuído nas escolas públicas de todo o estado.

“A criança se torna um multiplicador junto a sua família, sua comunidade. É uma cartilha extremamente ilustrativa, mostra onde o mosquito pode crescer, onde encontramos os focos e o que a população pode fazer para evitar essa doença que está realmente complicando a vida do carioca“, explicou um assessor da Firjan.

Cem homens da Aeronáutica se juntam amanhã aos militares da Marinha. Hoje eles estão fazendo um treinamento prático, na base aérea do Galeão, e aproveitam o treinamento para verificar se há focos do mosquito na base.

O RJTV conversou com o representante da Marinha, o comandante Paulo Fernando Amorim.

RJTV: Quantos bairros foram visitados na Zona Norte?
Comandante Paulo Fernando Amorim: Na região da Ilha do Governador, esta semana, vamos visitar os bairros de Cocotá, Zumbi, Ribeira, Jardim Guanabara e Cacuia. No dia de ontem, foram realizadas visitas às residências na área da Ribeira e hoje estamos em Cocotá.

Foram encontrados muitos focos?
Sim. Nossos agentes já relataram que foram encontrados focos em algumas residências. Mas o propósito principal desse trabalho que a Marinha está realizando é orientar a população, conscientizar a população da necessidade de combater os focos de proliferação dos mosquitos que transmitem a dengue. Estamos não somente orientando, mas distribuindo folders, orientando a população.

Há dois uniformes distintos que os soldados estão usando para visitar as casas?
Os militares da Marinha estarão trajando ou um macacão operativo que tem um tom acinzentado ou o uniforme camuflado do corpo de fuzileiros navais. Todos eles estão portando identidade militar e poderão ser facilmente identificados pela população. A população, até o momento, tem contribuído bastante para nosso trabalho, recebendo nossos militares e solicitamos à população que continue recebendo bem nossos agentes, que estão desenvolvendo esse trabalho no sentido de evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Há uma estimativa de quantas residências devem ser visitadas na região da Ilha do Governador?
Estimamos visitar aproximadamente 80 mil residências nessa região.

Onde os focos estão mais concentrados?
Estamos encontrando muitos focos em vasos para plantas, garrafas, pneus, caixas d’águas destampadas. São os casos mais comuns.


Notícia exibida no site: http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL394104-9097,00.html , no dia 09/04/2008.
A ação durou cerca de 30 dias.Pretendemos nos próximos dias postar notícias a população sobre o resultado dessa ação ocorrida em abril.

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